Quando o portunhol não basta…
Falar espanhol pode ser mais fácil para os falantes nativos de português, mas definitivamente não é a mesma coisa.
3/25/20231 min read
Está no sangue. Brasileiro que é brasileiro parece ter uma aptidão inata para o improviso. Não à toa, Walt Disney, ao passar pelo país, chegou a criar um personagem, o papagaio Zé Carioca, conhecido justamente por sua habilidade em escapar de problemas de formas sempre criativas. E, quando o problema em questão é falar espanhol, não conheço um brasileiro que não responda imediatamente com um sorriso no rosto: “No mucho, pero sí, falo un poquito, ¿cómo no?”.
Pero no, não somos um país bilíngue. É certo que o português e o espanhol são duas línguas bastante parecidas: ambas são de origem latina e compartilham, por essa razão, muito mais semelhanças do que diferenças. Mas isso não quer dizer que, pelo simples fato de falarmos português como língua materna, sabemos automaticamente falar espanhol também. Seria o mesmo que pensar que todo alemão fala holandês de berço. O que, sim, dominamos é o portunhol — a versão linguística do jeitinho brasileiro.
Antes de seguir adiante, quero fazer uma ressalva: não há nada de errado em falar portunhol. Muito pelo contrário! Qualquer esforço para se comunicar com falantes de outras línguas é sempre louvável. Até porque, quando nos expomos a situações desse tipo, costumamos aprender muita coisa. Ou seja, sou totalmente partidária do portunhol, quando essa parece ser a única saída. No entanto, existem certas ocasiões em que é preciso ir além da embromação, não é mesmo?
Olga Perlas
Profesora de español como lengua extranjera | Examinadora DELE | Creadora y presentadora del pódcast: EL VIAJE A LA CUMBRE | Creadora y administradora de la membresía en PATREON.
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