Ter conhecimentos um pouco mais sólidos do idioma é imprescindível para evitar que tantas variações se tornem um obstáculo à compreensão.

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3/25/20231 min read

macbook pro displaying group of people
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Outro problema que pessoas que se limitam ao portunhol costumam enfrentar quando estão de passagem por algum país de língua hispânica é conseguir entender o cardápio dos restaurantes. Isso acontece porque vários legumes, frutas e temperos têm nomes bastante diferentes daqueles que usamos em português. Aliás, se dentro do próprio Brasil a macaxeira pode ser mandioca ou aipim dependendo da região, como esperar que palavras assim continuem tendo a mesma raiz (com o perdão do trocadilho) em espanhol? Adivinhar, por exemplo, o que é naranja, cebolla e pimienta não exige lá muitos neurônios… Mas, na hora em que a fome apertar, seria melhor pedir um prato de fideos de remolacha con garbanzos y calamares ou uma macedonia de melocotón, ciruela, piña, fresas y sandía?

De toda forma, como todos sabemos, no sólo de pan vive el hombre. Mais do que para evitar mal-entendidos na hora de comer, aprender espanhol vale a pena também por todo o universo cultural que passa a estar ao nosso alcance a partir do momento em que abraçamos o idioma: poderemos ver os filmes do Almodóvar e do Carlos Sorín sem precisar de legendas, ler os livros do García Márquez e do Roberto Bolaño no original, cantar Shakira ou Ricky Martin no karaokê sem passar vergonha (bom, pelo menos do ponto de vista linguístico)… E isso tudo sem mencionar que, quando estudamos espanhol, passamos a entender muito melhor o português — e, inclusive, descobrimos palavras que às vezes nem sabíamos que existiam também na nossa língua. Será que com todas essas vantagens não valeria a pena aposentar o velho jeitinho brasileiro e encarar o desafio de aprender español de verdad?